domingo, 30 de agosto de 2009

O brasileiro ainda é um escravo

Escravo é todo o cidadão que trabalha par o crescimento da sua nação, enfrenta jornadas exaustivas de trabalho árduo (isso é a grande maioria), paga impostos sobre tudo ao seu redor (inclusive dos parlamentares), e não tem direito à segurança de andar nas ruas, ao mínimo de recolhimento diário do seu lixo (sem falar na reciclagem que deveria ser prioridade), a ter uma água tratada saindo de suas torneiras, a um abastecimento regular de energia (quando há muitos municípios do país ainda no escuro), a ter escolas em boas condições físicas de funcionamento contando com professores bem remunerados e qualificados para cuidar da aprendizagem dos seus filhos, evitando assim, que eles fiquem nas ruas por falta do que fazer, expostos à própria sorte ou ao crime organizado que alimenta o sonho de jovens e crianças esquecidas pelo governo e pela sociedade.
Só quem tem que depender do SUS sucateado é que sabe o que é ser realmente um escravo, um sistema falido que é ingerido por nós mesmo sem as condições ínfimias de saúde, quando nem no sentido mais rasteiro de seu significado chega perto de suas devidas definições. E isso tudo sem se falar na sacanagem que é deixar remédios e instrumentos cirúrgicos enferrujando e apodrecendo nos galpões e armazéns do governo, que deveria ser repassados pra a sociedade, mas pra quê? (eles devem dizer) porque usar de má fé e manusear esse material de forma ilegal já virou rotina dentro dos órgãos que são responsáveis por gastar nosso dinheiro. Se até nossas doações são desviadas para fins particulares e que contam com vistas grossas feitas pelos que deveriam fiscalizar, organizar e viabilizar as doações para aos quais verdadeiramente foram destinados.
È chocante! È indignante! É agonizante! Sentir o nó na garganta (que eu estou sentindo agora) ao deparar fatos lastimáveis e de tamanha crueldade praticada pelos que nos tem como escravos, esta veracidade relatada no seio do Brasil comprova que houve uma “abolição da escravatura” apenas simbolicamente, indo mais adiante percebemos que só serve para estar presente no calendário de datas comemorativas á uma redenção jamais alcançada pelo povo brasileiro.
Mascaramos a escravidão cotidiana a cada vez que saímos às ruas, vamos ás escolas, entramos em um hospital, visitamos uma câmara municipal, um palácio do governo (isso quando podemos entrar lá), uma assembléia (locais que deveriam ser irrestrito, sem barreiras de vidro) ou entramos numa delegacia em busca de justiça.
Quem lê agora este artigo, sabe muito bem do que eu estou falando, sentimos na pele como uma chicotada quando nossos problemas não são resolvidos dentro dos tramites da nossa lei tão cheia de brechas, por onde só passam os poderosos, e ainda cospem igualdade e falam como em trombetas em uma sociedade mais justa, como se podessem enganar-nos tão facilmente como no tempo da escravidão, ainda precisamos tomar o poder para fazer valer o sonho de mudança que alguns têm, porque é impossível mudar o mundo sem tomar o poder. Chega de ser escravo da situação!

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